Levo na minha bolsa coisas que podem fazer passar o tempo. Um livro (sim, um livro), alguns docinhos, celular, iPod. Mas me falta um caderninho e uma caneta. O que eu vi era muito caro.
Para eu não ter pressa das pessoas, escrevo. Coloco um batalhão de palavras que nem eu sei o que quer dizer só para me aliviar dessa dor de ser gente e de ver gente. Eu li de vários escritores de como ser humano e realmente ser humano é difícil e complicado. Eu não quero fechar os olhos para a realidade.
Mas a realidade acaba com meus sonhos e o que me resta de bom. Se é que me resta. Eu fecho os olhos e de repente estou numa sala cheia de pessoas. Eu fecho os olhos novamente e de repente estou em outra sala com um monte de outras pessoas. O cenário muda, os rostos mudam, mas o assunto é sempre o mesmo. Eu não sei direito o que estão dizendo. Na verdade, nem me importo. É sempre alguma coisa boba e estúpida sobre a vida de alguém.
Lembro com muita tristeza que eu participava desses assuntos há um tempo atrás. Essa gente diz que não, mas mesmo quando estão conversando sobre si mesmos, estão falando de alguém. Pode ter certeza. Eu não quero isso na minha vida.
Eu desço as escadas meio rápido com a minha bolsa e meus passos apressados para poder de uma vez por toda escutar alguma coisa que preste. Mas quase nada presta.
Engraçado.
Esses dias eu falei com você.
Você prestou. E agora?
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